Não ao tráfico de espécies

Conheça o papel das ISC neste tema e compartilhe sua opinião! Se você quer colaborar para promover mudanças que ajudam a proteger a biodiversidade, esta é sua oportunidade.

Colabore no combate à corrupção relacionada ao comércio ilegal e ao tráfico de espécies da fauna e flora!

A prevenção e o combate à corrupção através do controle externo sobre uso de recursos públicos e sobre o cumprimento dos objetivos dos países é uma das principais tarefas das Instituições Superiores de Controle.

Por isso te convidamos a participar desta consulta sobre os desafios e as soluções para prevenir a corrupção relacionada ao comércio ilegal e ao tráfico de espécies de fauna e flora. Com a ajuda criaremos o Plano de Ação Regional para Mitigar a Corrupção no Comércio Ilegal e no Tráfico de Espécies da Fauna e Flora.

Plano Regional

Os recursos públicos são utilizados pelos países para cumprir diversas metas de desenvolvimento. Sua má utilização prejudica todas as pessoas e a natureza.

A atividade de controle externo que as Instituições Superiores de Controle realizam contribui para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, especialmente para os ODS 14 e 15, que buscam proteger o equilíbrio do habitat natural.

Aqui você pode conhecer mais sobre o trabalho do controle externo relacionado às áreas protegidas.

Clique aqui!

ODS 14: Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável

Os oceanos – sua temperatura, sua química, as correntes e a vida – condicionam os sistemas mundiais que fazem da Terra um lugar habitável para o ser humano. As chuvas, a água potável, as condições climáticas, o litoral, os alimentos e inclusive o oxigênio do ar que respiramos são oferecidos e regulados pelos ecossistemas marinhos e costeiros. Uma gestão cuidadosa desse recurso mundial é condição-chave para um futuro sustentável.

Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade

As florestas abrigam mais de 80% das espécies terrestres de animais, plantas e insetos. Entre 2010 e 2015, o mundo perdeu 3,3 milhões de hectares de áreas de floresta. Entre todas as pessoas, as mulheres que vivem em áreas de floresta são ainda mais afetadas pela perda da floresta e sua biodiversidade porque dependem especialmente dos recursos naturais.

A biodiversidade na América Latina vive ameaças constantes devido ao comércio ilegal e ao tráfico de espécies da fauna e flora. Todos os dias papagaios, onças, peixes, tartarugas, tubarões, flores, madeiras, entre outras espécies são traficadas. Elas são usadas para consumo ou como animais de estimação exóticos. Com isso, os serviços ecossistêmicos prestados pela natureza são prejudicados, assim como são afetados os meios de subsistência de diversas populações indígenas, de povos e comunidades tradicionais e profissionais que vivem das atividades ecoturísticas.  Além disso, o tráfico ilegal da flora e fauna aumenta o risco de disseminação de doenças zoonóticas que podem trazer consequências graves para a saúde humana.

Para prevenir esse problema, os países têm assumido compromissos como signatários em acordos internacionais, como a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES)  e a Convenção da Diversidade Biológica (CDB).  As Instituições Superiores de Controle têm o papel de verificar o cumprimento de tais acordos por parte das autoridades ambientais nacionais.

Perda de biodiversidade (Living Planet Report 1970-2018)

Os números no mapa indicam a perda total da biodiversidade em cada continente. Ao clicar você verá espécies que são vítimas do comércio ilegal e do tráfico em cada região. Fonte de informação do mapa:

94%

América Latina y el Caribe

- Guacamayo azul
- Oso andino
- Condor andino
- Perezoso de tres dedos
- Jaguar
- Azucena Amarilla

66%

África

- Elefante
- Rinoceronte
- León
- Suculentas exóticas

18%

Europa y Asia Central

- Tigre
- Leopardo de las nieves
- Oso negro
- Helechos

22%

Norteamérica

- Nutrias marinas
- Tortuga marina
- Caimán
- Cactus

55%

Asia Pacífico

- Pangolín
- Tiburones
- Mantarrayas
- Orquídea subterránea

Fonte de informação do mapa: clique aqui

94%

América Latina y el Caribe

- Guacamayo azul
- Oso andino
- Condor andino
- Perezoso de tres dedos
- Jaguar
- Azucena Amarilla

66%

África

- Elefante
- Rinoceronte
- León
- Suculentas exóticas

18%

Europa y Asia Central

- Tigre
- Leopardo de las nieves
- Oso negro
- Helechos

22%

Norteamérica

- Nutrias marinas
- Tortuga marina
- Caimán
- Cactus

55%

Asia Pacífico

- Pangolín
- Tiburones
- Mantarrayas
- Orquídea subterránea

Por que devemos reforçar o controle externo para prevenir o comércio ilegal e o tráfico de espécies?

Diversos atores, tanto públicos como privados, podem estar envolvidos no comércio ilegal e no tráfico de espécies. Esses atores obtém um ganho durante esse processo, que pode se tratar de pagamento a quem explora diretamente o recurso ou os benefícios que recebem os intermediários, ou pode se tratar da propina recebida por pessoas que trabalham no funcionarismo públicos para que estes realizem determinados atos ou cometam omissões que estão relacionadas a seus cargos e funções públicas.

Isso evidencia que a corrupção pode ocorrer em diversas etapas do processo, como nos casos em que está relacionada à extração da espécie, no transporte e na venda ou exportação.

Papel das ISC e áreas de trabalho na prevenção do comércio ilegal e do tráfico de espécies de fauna e flora

As instituições públicas têm um papel importante na prevenção do comércio ilegal e do tráfico de espécies. No entanto, as responsabilidades das Instituições Superiores de Controle não são iguais aos das autoridades ambientais. Em uma investigação realizada em conjunto com a Cooperação Alemã, por meio da GIZ, foram identificadas as áreas de trabalho que podem ser realizados pelas ISC:

Execução de auditorias externas

Verificação de cumprimento de tratados internacionais

Participação cidadã

A estas funções se soma a recepção e o exame de declarações juramentadas, atividade que é exercida por algumas das ISC da região.

Essa verificação é de suma importância para reconhecer um potencial aumento patrimonial injustificado de funcionários e funcionárias que atuam de forma vinculada ao cuidado de áreas protegidas, de agentes de alfândega, ou de profissionais do Ministério de Meio Ambiente encarregados de avaliação de espécies resgatadas, entre outros, podendo indicar algum vínculo com atividades ilícitas.

Agora que você conhece melhor sobre a forma como o comércio ilegal e o tráfico de espécies de fauna e flora afetam o meio ambiente e conhece mais sobre o papel das Instituições Superiores de Controle para garantir que os recursos destinados às instituições públicas para a conservação da natureza sejam bem utilizados. Compartilhe sua opinião e ajude a prevenir e combater o comércio ilegal e o tráfico de espécies!

Compartir en redes

Caça furtiva

Caça furtiva se refere à caça ilegal, extermínio ou captura de animais que é realizada sem autorização. As pessoas que atuam como guarda-parques ou guardas florestais das áreas protegidas e as distintas autoridades ambientais e de controle têm a responsabilidade de proteger, conservar e zelar pelos recursos naturais. Desta forma suas funções são objeto do controle por parte das Instituições Superiores de Controle.

Em algumas situações, esses profissionais recebem baixa capacitação, dispõe de poucos equipamentos ou equipamentos não-adequados e têm condições precárias de trabalho. Essa situação os torna um alvo fácil para oferta de suborno e corrupção relacionada ao comércio ilegal e ao tráfico. As Instituições Superiores de Controle devem verificar que tais autoridades mantenham registros adequados dos controles que realizam e que executem de maneira eficiente os orçamentos previstos e recursos financeiros destinados à atividade. (a esse respeito, sugerimos acessar informações sobre a Auditoria Coordenada sobre Áreas Protegidas)

Transporte

Depois que as espécies de fauna e flora são capturadas, elas precisam ser transportadas ao interior do país para que sejam preparadas para exportação. Isso se dá de maneira clandestina, tanto com espécies vivas como espécies mortas, dependendo de seu destino e do aproveitamento final.

A polícia ambiental deve executar controles sobre a posse, a importação, o transporte e o destino final da fauna e da flora silvestre.  Porém, funcionários encarregados de fazer cumprir a lei podem ser subornados para permitir o transporte ou para permitir a liberação de pessoas presas.

Processamento

Frequentemente a atividade do comércio ilegal está associada a algum tipo de atividade de processamento que ocorre dentro da estrutura de venda. Por exemplo, alguns animais têm sua pela removida para que sejam criados produtos de luxo ou certos órgãos e partes de seu corpo são transformados para gerar insumos para a medicina não-convencional ou para cosméticos. A partir de suborno, os produtos podem ser catalogados incorretamente de forma que pareçam ter licenças e documentação legal para uso.

Exportação

Em portos, aeroportos e fronteiras existem agentes de alfândega e autoridades de controle encarregadas de verificar as permissões de transporte, importação e exportação, garantindo assim o cumprimento da legislação e de acordos internacionais como a CITES  Por meio de suborno podem ser obtidas licenças e documentação falsas, etiquetando e identificando os produtos de maneira incorreta para que pareçam legais.

Para saber mais sobre esse tópico, recomendamos acessar o documento Herramientas Metodológicas para el Control Externo Gubernamental de la Exportación Legal de Especies de Flora y Fauna Silvestre, con Enfoque en la Prevención de la Corrupción Transnacional, publicodo pela OLACEFS e pela GIZ

Também podem existir subornos a profissionais de alfândega que fazem vista grossa diante de etiquetas e identificações falsas ou diante de documentos fraudados e falsificados. Do mesmo modo, é possível que ocorram pagamentos de suborno para evitar fiscalizações, tanto a pessoas como a empresas de transporte, para que não sejam cumpridas tarefas de fiscalização e vigilância.

Venda

O comércio de fauna e flora silvestre pode acontecer em mercados públicos ou em ambientes fechados, de maneira presencial ou virtual. Em situações de comércio local, nacional ou internacional, as pessoas que comercializam as espécies ilegalmente podem subornar autoridades locais para que ignorem a venda ilegal em espaços públicos.

O comércio eletrônico é recente, porém deve ser fiscalizado pela polícia ambiental e outras autoridades. Conheça mais sobre o comércio eletrônico de flora e fauna em https://youtu.be/QsybnwSxGz4.

Execução de auditorias externas

As ISC podem realizar diferentes tipos de atividades de controle como auditorias especializadas e de desempenho para verificar e avaliar esforços em matéria de prevenção e conservação de áreas protegidas e suas espécies de fauna e flora, assim como o cumprimento de planos, programas, políticas, normas e procedimentos, com a finalidade de detectar desvios e identificar possíveis ações corretivas.

Conheça mais sobre a Auditoria Coordenada sobre Áreas Protegidas.

Verificação de cumprimento de tratados internacionais

Compete às ISC verificar o cumprimento e a implementação de instrumentos internacionais, como a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) ou a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestre (CITES) , que representam compromissos de grande relevância em temas ambientais.

Participação cidadã

As ISC podem promover ações para envolver a sociedade civil para o desenho de recomendações institucionais que tenham como objetivo melhorar o manejo e a proteção de recursos naturais, assim como a recepção eficiente de denúncias de captura e comércio ilegal de espécies ameaçadas, com o objetivo de identificar redes de corrupção nas instituições públicas.

Trabajo interinstitucional

Facilitar el trabajo interinstitucional, donde organismos gubernamentales y no gubernamentales relacionados con el combate al tráfico ilícito de especies puedan identificar las falencias de su control, así como compartir experiencias y buenas prácticas en la lucha contra la corrupción.

 

Trabalho interinstitucional

As ISC podem facilitar o trabalho interinstitucional, em que organismos governamentais e não-governamentais relacionados ao combate ao comércio ilegal e ao tráfico de espécies contribuam para identificar falhas de fiscalização, assim como para compartilhar experiências e boas práticas na prevenção e combate à corrupção.